El uso de “virado” como estrategia de reducción de daños entre los usuarios de crack del estado de Pernambuco, Brasil

Renata Barreto Fernandes de Almeida Psicóloga. Doctora en Medicina Preventiva. Profesora titular, Centro Universitário do Vale do Ipojuca, Recife, Pernambuco, Brasil. , Naide Teodósio Valois Santos Médica sanitarista. Doctora en Salud Pública. Investigadora, Instituto Aggeu Magalhães, Fundação Oswaldo Cruz, Recife, Pernambuco, Brasil. image/svg+xml , Ana Maria de Brito Médica. Doctora en Salud Pública. Investigadora, Instituto Aggeu Magalhães, Fundação Oswaldo Cruz, Recife, Pernambuco, Brasil. image/svg+xml , Keila Silene de Brito e Silva Fonoaudióloga. Doctora en Salud Pública. Profesora, Centro Acadêmico de Vitória, Universidade Federal de Pernambuco, Pernambuco, Brasil. image/svg+xml , Iracema de Jesus Almeida Alves Jacques Enfermera. Doctoranda en Salud Pública, Instituto Aggeu Magalhães, Fundação Oswaldo Cruz, Recife, Pernambuco, Brasil. image/svg+xml , Solange Aparecida Nappo Farmacéutica. Doctora en Psicobiología. Profesora Adjunta, Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, Brasil. image/svg+xml
Recibido: 1 septiembre 2019, Aceptado: 14 abril 2020, Publicado: 16 mayo 2020 Open Access
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Resumen


El objetivo del estudio es discutir uno de los usos del crack denominado “virado”, como estrategia de reducción de daños entre las personas que usan crack en Pernambuco, Brasil. Se realizó una investigación cualitativa y transversal. Desde marzo hasta agosto de 2016, se realizaron entrevistas semiestructuradas sobre la cultura del uso de crack a 39 personas que usan esta substancia. El límite de participantes se estableció por el criterio de saturación. Los datos se analizaron con la técnica de análisis de contenido. Las personas que participaron relataron que el virado es una manera distinta de utilizar el crack y, al comparar su efecto con el uso fumado o inhalado, mencionaron que el virado produce menos impacto en las relaciones interpersonales y en la libido, además de reducir el uso compulsivo de crack, cuestiones que se podrían considerar como estrategias de reducción de daños. Un aspecto negativo es que comparten los canutos para aspirar el virado, lo cual es una situación de riesgo para la transmisión de enfermedades infecciosas. Conocer la cultura del uso del crack en distintas formas y situaciones es imprescindible para la planificación y desarrollo de acciones de atención a la salud.


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