Full-text of the article is available for this language: Español.
This essay aims to critically reflect on the impacts of the technological escalation in medical practice, with particular attention to the transformations of professional practice. From a historical-social perspective grounded in the critical thought of collective health — particularly the work of Ricardo Bruno Mendes-Gonçalves — technology is examined as both a material and immaterial form that reconfigures healthcare work and reproduces the social order. Based on the analysis of previous studies drawing on the work-life narratives of physicians from different generations, three central axes are addressed: the construction and progressive dismantling of medical autonomy, the crisis of trust-based relationships in professional practice, and the transformation of clinical judgment in favor of standardized protocols. The essay concludes that the growing technification has reduced the reflexivity of medical action and transformed the clinical encounter into a depersonalized practice. In the face of this crisis, it argues for the need to recover the ethical-political dimension of medicine by promoting shared decision-making and spaces of mutual recognition between professionals and patients.
Keywords: Medical Practice, Biomedical Technology, Professional Autonomy, Collective Health, Brazil
Categories: Healthcare models, Work
Full-text of the article is available for this language: Español.
1. Ayres JRCM, Santos L, (orgs). Saúde, sociedade e história: Ricardo Bruno Mendes-Gonçalves. São Paulo: Hucitec; 2017.
2. Mendes-Gonçalves RB. Tecnologia e organização social das práticas de saúde: características tecnológicas do processo de trabalho na rede estadual de Centros de Saúde de São Paulo. São Paulo: Hucitec; 1994.
3. Schraiber LB. A tecnologia no pensamento de Ricardo Bruno Mendes-Gonçalves. En: Ayres JRCM, Santos L, (orgs). Saúde, sociedade e história: Ricardo Bruno Mendes-Gonçalves. São Paulo: Hucitec; 2017. p. 251- 256.
4. Mendes-Gonçalves RB. Práticas de saúde e tecnologia: contribuição para a reflexão teórica. En: Ayres JCMR, Santos L, (org.). Saúde, sociedade e história: Ricardo Bruno Mendes-Gonçalves. São Paulo: Hucitec; 2017. p. 192-250.
5. Mendes-Gonçalves RB. Medicina e história: raízes sociais do trabalho médico. En: Ayres JCMR, Santos L, (org.). Saúde, sociedade e história: Ricardo Bruno Mendes-Gonçalves. São Paulo: Hucitec; 2017. p. 55-114.
6. Donnangelo MCF, Pereira L. Saúde e sociedade. São Paulo: Duas Cidades; 1976.
7. Ayres JRCM. Cuidado: trabalho e interação nas práticas de saúde. Rio de Janeiro: CEPESC, IMS/UERJ, ABRASCO; 2009.
8. Schraiber LB. El médico y la medicina: autonomía y vínculos de confianza en la práctica profesional del siglo XX. Remedios de Escalada: EDUNLa - Universidad Nacional de Lanús, 2019.
9. Arendt H. A condição humana. 10a ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária; 2001.
10. Arendt H. Responsabilidade e julgamentos: Escritos morais e éticos. São Paulo: Companhia das Letras; 2004.
11. Assy B. Ética, responsabilidade e juízo em Hannah Arendt. São Paulo: Editora Perspectiva, Instituto Norberto Bobbio; 2015.
12. Azeredo YN. Dos tratados clínicos à medicina baseada em evidências: Ciência, tecnologia e trabalho. [Tese de doutorado]. São Paulo: Universidade de São Paulo; 2022.
13. Freidson E. Profissão médica: Um estudo de sociologia do conhecimento aplicado. São Paulo: UNESP; 2009.
14. Schraiber LB. Racionalidade biomédica e transformações históricas da prática médica ao longo do século XX: breves apontamentos para a reflexão crítica. En: Pinheiro R, Silva-Junior AG, (orgs.). Projeto Integralidade em Saúde - 10 anos: por uma sociedade cuidadora. Rio de Janeiro: Cepesc, IMS, UERJ, Abrasco; 2010. p. 115-128.
15. Schraiber LB, Azeredo YN. Poder médico e violência na assistência à saúde: uma recuperação histórica. En: Faria L. Violências e suas configurações: vulnerabilidades, injustiças e desigualdades sociais. São Paulo: Hucitec; 2020. p. 415-435.
16. Gomes RM. Humanização e desumanização no Trabalho em saúde. Rio de Janeiro: Fiocruz; 2017.
17. Gomes RM, Schraiber LB. A dialética humanização-alienação como recurso à compreensão crítica da desumanização das práticas de saúde: alguns elementos conceituais. Interface - Comunicação, Saúde, Educação. 2011;15(37):339-350.
Crossref
| Google Scholar
18. Donnangelo MCF. Medicina e Sociedade: o médico e seu mercado de trabalho. São Paulo: Pioneira; 1975.
19. Hobsbawm EJ. Era dos extremos: O breve século XX: 1914-1991. 2a ed. São Paulo: Companhia das Letras; 2002.
20. Gama R. A tecnologia e o trabalho na história. São Paulo: Nobel-EDUSP; 1986.
21. Pinto AV. O conceito de tecnologia: Volume I. Rio de Janeiro: Contraponto; 2005.
22. Conti L. Estrutura social y medicina. En: Aloisi M, Berlinguer G, Conti L, Massuco-Costa A, Misiti R, Mondella F, Omodeo P, Piersanti F, Seppilli T, Somenzi V, Vegetti M. Medicina y sociedad. Barcelona: Fontanella; 1972. p. 287-310.
23. Schraiber LB. O médico e seu trabalho: Limites da liberdade. São Paulo: Hucitec; 1993.
24. Schraiber LB. O médico e suas interações: a crise dos vínculos de confiança. São Paulo: Hucitec; 2008.
25. Castellana GB. O psiquiatra em conflito: Fatos, valores e virtudes nas internações involuntárias. São Paulo: Blucher; 2021.
Crossref
| Google Scholar
26. Azeredo YN. Saúde coletiva e filosofia: contribuições de Hannah Arendt para o debate de humanização. [Dissertação de mestrado]. São Paulo: Universidade de São Paulo; 2017.
27. Azeredo YN, Schraiber LB. Violência institucional e humanização em saúde: apontamentos para o debate. Ciência & Saúde Coletiva. 2017;22(9):3013-3022.
Crossref
| PubMed
| Google Scholar
28. Azeredo YN, Schraiber LB. El poder médico y la crisis de los vínculos de confianza en la medicina contemporánea. Salud Colectiva. 2016;12(1):9-21.
Crossref
| PubMed
| Google Scholar
29. Luz MT. Natural, racional, social: Razón médica y racionalidad científica moderna. Remedios de Escalada: De la UNLa - Universidad Nacional de Lanús; 2022.
Crossref
| Google Scholar
30. Luz MT. A arte de curar versus a ciencia das doenças. História social da homeopatía no Brasil. São Paulo: Dynamis; 1996.
31. Gomes RM. Trabalho médico e alienação: as transformações das práticas médicas e suas implicações para os processos de humanização/desumanização do trabalho em saúde. [Tese de doutorado]. São Paulo: Universidade de São Paulo; 2010.
32. Arendt H. Entre o passado e o futuro. 5a ed. São Paulo: Perspectiva; 2003.
33. Bourdieu P. Razões Práticas: sobre a teoria da ação. Campinas: Papirus; 1996.
34. Arendt H. Sobre a violência. Rio de Janeiro: Relume Dumará; 1994.
35. Habermas J. Técnica e ciência como ideologia. Lisboa: Edições 70; 1987.
36. Machado MH, Pedrosa Neto AH, Carvalho RRP. Perfil dos médicos. Dados- Radis. 1996;(19):1-30.
37. Roque T. A queda dos experts. Piauí [Internet]. 2021;(176) [citado 10 may 2025]. Disponible en: https://tinyurl.com/mr24d3kc.
38. Roque T. O negacionismo no poder. Piauí [Internet]. 2020;(161) [citado 10 may 2025]. Disponible en: https://tinyurl.com/cej59b6j.